sexta-feira, 4 de maio de 2012


Mas, afinal, o que é e onde está a Paz?

Ana Trajano                                             

 A paz nasce também da consciência de unidade, de nós com o todo, isto é, com o mundo que nos rodeia, e, sobretudo, com o Criador. Perdemos a paz quando perdemos essa consciência, pois nos tornamos seres fragmentados, esquecidos de quem somos: um com Deus e com a natureza. A vida levada a negá-los e a destrui-los em nós, vai se tornando conflituosa, vazia, sem paz e insuportável. Negar essa unidade é perder a nossa essência, a face que verdadeiramente nos identifica e revela. Negá-la é optar pelo conflito. 
 Paz é o estado de espírito que se alcança quando vencemos em nós toda forma de conflito. O mundo pode estar em guerra e eu, ou você, estar em paz, mas o mundo pode estar em paz e eu, ou você, estar em guerra, pois a forma de violência mais difícil de ser vencida é a subjetiva, é a que está incrustrada nos nossos pensamentos, nos "pré-conceitos" que formamos do outro, nos nossos medos, nos nossos desejos vis, frutos quase sempre da nossa ganância, da nossa necessidade de discriminar, de excluir, de explorar seus semelhantes e a natureza para tirar proveito. E quem age assim não está em unidade com o seu Criador
Todos os pacificadores precisaram antes se desnudar de suas violências internas, extirpá-las do seu coração: a violência dos atos, a violência dos pensamentos, a violência dos julgamentos.  Agnes Gonxha  Bojaxhi não teria sido  Madre Teresa de Calcutá se tivesse dentro de si  alguma forma de preconceito,  a começar pelo religioso (uma católica na terra dos hindus e muçulmanos), se dentro de si houvesse algum medo ou discriminação contra as pessoas a quem dedicou a vida, fez do serviço a elas a sua razão de ser: mendigos, portadores de todo tipo de deficiência, leprosos , tuberculosos, etc. E livre de preconceito foi muito corajosa para lutar contra o dos outros, porque liberta  de si  já havia conquistado a paz. Só conseguimos transmitir paz quando estamos em paz. Por isso a paz é tão difícil. Quem de nós não luta nesse instante consigo mesmo?
A grande batalha que travamos na vida é contra nós próprios, e o nosso maior desejo é encontrar a paz, a quem certamente só chegaremos quando acabarmos com a nossa fragmentação, a diversidade que existe em nós. Dizia Sathya Sai Baba que não somos apenas um, mas  três: aquele que pensamos que somos,  aquele que os outros pensam que somos e aquele que realmente somos. Quanta verdade! Nisto consiste a nossa fragmentação, e o desvio de nós próprios, pois o que pensamos que somos e o que os outros pensam que somos camuflam o nosso verdadeiro eu. Como conhecer a paz se eu não conheço nem a mim? Conhece-te a ti mesmo e conhecerás Deus, fonte de toda paz.
O texto a seguir- a Visão de Enoch, do Evangelho Essênio da Moisés-, lembra-nos que só quando desenvolvemos em nós a consciência de unicidade com o todo alcançamos a paz, pois neste todo reconhecemos Deus e re-conhecemos a nós mesmos. Afinal, Deus está sempre a nos dizer: “Por que temer se eu estou aqui?”


Serena-te e reconhece, Sou Deus

(Evangelho Essênio de Moisés - Visão de Enoch)



Galáxia Átomos pela Paz

Te falo. Serena-te, reconhece que Sou Deus. 
Te falei quando nasceu. Serena-te, sou Deus. 
Te falei em sua primeira contemplação. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falei em tua primeira palavra. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falei em teu primeiro pensamento. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falei em teu primeiro amor. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falei em teu primeiro cântico. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através do pasto das pradarias. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através das árvores dos bosques. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através dos vales e das colinas. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através da montanha sagrada. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através da chuva e da neve. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através das ondas do mar. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através da umidade da manhã. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através da paz do entardecer. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através do fulgor do sol. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através das estrelas brilhantes. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através das nuvens e das tormentas. Serena-te e reconhece, sou Deus. Te falo através do trono e do relâmpago. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo através do arco-íris misterioso. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falarei quando estiver só. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falarei através da sabedoria dos antigos. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falarei quando haja visto a meus anjos. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falarei por toda a Eternidade. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 
Te falo. Serena-te e reconhece, Sou Deus. 


                

6 comentários:

RADIESTESIA Brasil à distância por SKYPE: fernanda.merbach disse...

Muito bom, Ana!
Belíssimo texto!

Bjkas, querida!
Maria Fernanda Merbach
Radiestesia - SP

Ana Trajano disse...

Obrigada, Nanda, de coração! Beijos de luz!

EDINHO TRAJANO disse...

Parabéns! Tinha que ser Trajano! Belíssimo texto! Riquíssimo e certamente cumpre com o seu objetivo de informar resgatando valores tão escassos em nossos dias... Parabéns Ana Trajano.

Edinho Trajano.

EDINHO TRAJANO disse...

Parabéns! Realmente tinha que ser Trajano, rsrs. O texto além de belo é riquíssimo e cumpre com o seu objetivo de bem informar resgatando valores tão escassos em nossos dias. Parabéns! adorei!

Marilia disse...

Muito lindo Ana, a busca dessa tão almejada Paz, onde resgata valores preciosos. Mais uma vez lhe parabenizo. Bjs, Marilia

terapiaomkim.blogspot.com disse...

Que maravilhoso encontrar o seu blog Ana! Tem duas coisas que adoro...poesia e espiritualidade! Virei sempre! Paz e luz no seu coração!

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